Nos três dias do evento, milhares de delegados paulistas debateram propostas, elegeram os segmentos ao ConCidades e concluíram o processo estadual, rumo à Conferência Nacional, em novembro próximo
Depois da abertura e da apresentação do decreto assinado pelo governador, criando o ConCidades-SP, as mais de duas mil pessoas presentes à 5ª CEC, no Memorial da América Latina, fizeram uma pausa para o almoço, servido em tenda especialmente montada no local.
Os trabalhos da tarde da quinta-feira e manhã de sexta-feira, liderados por Eduardo Trani, da Comissão de Sistematização, foram intensos e apresentaram todas as propostas do relatório, advindas dos 277 municípios paulistas. O resumo dos temas incluiu enfoques estratégicos e prioridades regionais do estado de São Paulo como coesão territorial e urbana (Cidade Inclusiva); conectividade territorial e competitividade econômica (Cidade de Oportunidades); mobilidade urbana (Cidade Acessível); requalificação de áreas urbanas e centrais (Cidade Compacta); política de desenvolvimento habitacional (Cidade Legal e Planejada); qualidade ambiental e urbana ( Cidade Sustentável) e governança da política urbana e metropolitana (Cidades Integradas).
Em seguida, vieram os debates e a votação das emendas ao texto-base do Ministério das Cidades, que tomaram toda a tarde da sexta-feira, 27/9. No sábado, último dia da 5ª CEC, aconteceram as eleições dos delegados, com concentrações dos segmentos nos quatro cantos do Memorial. Tudo muito democrático!
Apenas no auditório central Simon Bolívar houve debates acalorados, entre candidatos a delegados dos movimentos sociais e populares. Na verdade, ficou explícita, na ocasião, a divisão dos movimentos populares em dois grupos, um que detinha a maioria dos votos (pouco mais de 60%) e queria ficar com a totalidade das vagas; e outro minoritário, com cerca de 36% dos delegados, e que pretendia que fosse respeitada a proporcionalidade nas vagas. Sob esse aspecto, a 5ª CEC terminou num impasse, que será dirimido nos próximos dias pela Comissão Preparatória Estadual, com possibilidade de recurso à Comissão Nacional de Recursos e Validação.
Também notou-se no evento a proatividade e entusiasmo do Interior de São Paulo, com delegações numerosas e dispostas a fazer valer as suas vozes e teses na 5ªCEC.
Nos demais segmentos, felizmente, tudo terminou muito bem, principalmente em relação às propostas paulistas que serão levadas à Conferência Nacional, em Brasília. Também foram eleitos pela sociedade os legítimos representantes do ConCidades-SP.
“Pela minha experiência, de algumas conferências, esta edição teve um clima especialmente positivo e festivo pela criação do ConCidades, pelo governador Alckmin. Este foi o grande diferencial. Outro ponto favorável a se destacar, sem dúvida, foi a correta organização do evento, que propiciou um ambiente favorável aos trabalhos. Desde o credenciamento até as refeições, tudo funcionou a contento”, informou Marcos Campagnone, coordenador da 5ª CEC.
“Foi também extremamente positivo o fato de termos nos concentrado nos debates dos resultados das conferências municipais ao invés de fazer painéis com palestrantes”, completou Campagnone. “Toda a energia ficou concentrada no tema Reforma Urbana Já!”, finalizou.
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